Infidelidade após o nascimento do primeiro filho – Infidelidade Parte 4

Pesquisas mostram que alguns pontos de um casamento favorecem o aparecimento de casos extraconjugais:

1)      No início do casamento

2)      Após o nascimento de um filho, em geral o primeiro ou segundo filho

3)      Quando os filhos saem de casa

4)      Quando surge o sentimento de que o outro não corresponderá às suas expectativas, não importa o que ele faça. Ou seja, a pessoa conclui que o parceiro(a) não corresponde à imagem idealizada

Lembrando que não se trata de uma regra, que em todas essas situações a infidelidade ocorrerá. São situações que fazem aumentar as possibilidades. Mas isso dependerá também do repertório de possibilidades de resolução de problemas, da instrumentalização psíquica e emocional e da capacidade de regulação emocional que cada um traz em si.

Hoje falarei sobre o segundo ponto. Leia sobre o anterior em Infidelidade no início do casamento – Infidelidade – Parte 3

APÓS O NASCIMENTO DE UM FILHO

Depois dos primeiros dias de euforia, o casal precisa conciliar todas as tarefas que envolvem os cuidados com o bebê e as obrigações que já existiam antes da criança nascer. É uma fase ao mesmo tempo apaixonante e desgastante. Alguns conflitos podem surgir relacionados a esse processo de adaptação:

  • Poucas horas de sono
  • Divisão de tarefas relacionadas ao bebê
  • Questões financeiras
  • Modelos de cuidado que cada parceiro acredita ser o mais correto

Isso gera estresse e somado ao pouco tempo que o casal possui para voltar-se à relação, pode gerar o desejo de buscar um affair como forma de ALIVIAR A TENSÃO e sair da rotina “caótica”. São casos que não costumam durar muito tempo e tão pouco gerar envolvimento emocional.

O PAPEL DA MULHER

Resultado de imagem para mulher cansada com criança

Temos diferentes papéis sociais na vida, por exemplo: papel de mãe, papel de esposa, papel de mulher, papel de filha, papel de amiga, administradora do lar ou de quem trabalha fora… são inúmeros papéis que desempenhamos e cada um deles ajudam a formar nossa identidade. Ao desempenharmos esses diferentes papéis estamos também desenvolvendo quem nós somos na vida.

Mas vamos pensar aqui no papel da mulher: quando ocupamos grande parte de nossa vida para ser apenas mãe (não falo em “apenas” num sentido pejorativo, de desqualificação, mas no sentido de exclusividade), deixamos de lado necessidades que são fruto de outras partes de si (lado mulher, por exemplo).

Essa mesma questão pode ser aplicada aos homens, que também possuem diferentes papéis e diferentes necessidades. Porém, o que costuma ocorrer é que o homem retoma esses diferentes papéis mais rápido -a licença paternidade dura poucos dias e logo depois ele volta à sua rotina de trabalho. A mulher, por sua vez, continua mais voltada aos cuidados com a criança.

Resultado de imagem para homens trabalhando em grupo rindo

É nesse momento que ocorre uma diferença mais acentuada de realidades.

A possibilidade da mulher ir aos poucos retomando os demais papéis na vida é importante para que outras necessidades pessoais sejam atendidas, inclusive as necessidades do casal. Por exemplo:

  • Os dois se redescobrirem como indivíduos, algo que vai além do papel pai e mãe,
  • O homem não se sentir “deixado de lado”, rejeitado pelo fato da mulher direcionar todo foco à criança,
  • O desejo de ser tocada(o), acariciada(o) – ato simples de carinho, não tem relação com sexo
  • O desejo sexual

Por isso, é importante pensar na vida como um todo. Investir toda sua energia emocional e psíquica para cuidar consiste em ignorar o fato que você possui outras necessidades. E isso serve tanto para mulheres, como para homens. Serve para pessoas!

Sugiro começarem,  aos poucos, a incorporar pequenos momentos destinados ao casal. Para isso, a palavra chave é PLANEJAMENTO. Por mais que possam surgir imprevistos, considerar as necessidades que cada um tem na relação é fundamental para a vida individual e a vida de casal fluir melhor.

Pense nisso e deixe seu comentário aqui!